Um ano de pandemia: as lições que ficaram para as empresas
Há um ano, não imaginávamos os meses turbulentos que se seguiriam com o aparecimento do novo corona vírus. A pandemia da Covid-19, decretada oficialmente pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março de 2020, causou um impacto na vida de todos: de simples mudanças de hábitos cotidianos à dolorosa e irreversível perda de pessoas. Da mesma forma, a crise, inicialmente um problema da área da saúde, espalhou-se por todos os outros setores, o que incluiu as empresas.
Algumas organizações foram afetadas de forma mais lenta e branda, outras, de maneira mais imediata e agressiva. E muitas, infelizmente, não sobreviveram. Diante desse cenário, porém, a pandemia trouxe vários ensinamentos para os negócios. Confira abaixo, as principais lições aprendidas nesse último ano:
1. Adaptar-se é primordial
Na nova realidade, que exigia o distanciamento social, aprendemos a fazer tudo de nossas casas — de trabalho a aulas, de compras a atividades físicas, de reuniões de negócios a encontros familiares —, a vida passou a ser online. De repente, as empresas também tiveram de se adaptar: para proteger seus funcionários, adotaram o trabalho remoto. Isso exigiu não só a compra de notebooks, equipamentos e softwares, mas uma mudança de pensamento, especialmente dos líderes, que teriam então que comandar equipes a distância. Mesmo para as empresas acostumadas ao home office, o desafio
permanecia, pois agora se estendia a todos os funcionários e por períodos mais extensos.
Além disso, muitos negócios tradicionais tiveram de mudar sua plataforma para o virtual e atender novas demandas e exigências do mercado. Indústrias de cosméticos passaram a vender álcool em gel; empresas do setor de vestuário começaram a fabricar máscaras; lojas de rua viraram e-commerce e restaurantes fecharam suas portas para só atender delivery. E tudo isso, da noite para o dia.
2. Ser capaz de se reinventar
Para continuar no mercado, muitas empresas tiveram de se reinventar. Mudaram processos; criaram produtos; buscaram novos canais para chegar ao consumidor; fizeram promoções para reverter a queda nas vendas; enxergaram novas oportunidades e mercados e até mesmo transformaram seus modelos de negócios. Alguns exemplos pertencem a um dos segmentos afetados de forma mais intensa pela pandemia, o lazer. Dessa forma, vimos surgir cinemas drive-in, concertos musicais online e visitas
virtuais a museus.
Empreendedores e líderes precisaram, contudo, ficar atentos para saber quais produtos e serviços seriam capazes de gerar lucros no momento — lembrando que os consumidores também haviam mudado suas prioridades —, quais canais alcançariam mais pessoas e quais campanhas poderiam trazer mais resultados. A pandemia foi o gatilho para que muitas empresas percebessem que a diferenciação e o foco no cliente são fundamentais.
3. Não há como fugir da transformação digital
Inteligência artificial, conectividade 5G e indústria 4.0 são apenas alguns termos que invadirão cada vez mais o nosso cotidiano, deixando claro que o futuro é tecnológico. Embora isso seja consenso, a maioria das empresas no Brasil vinham em processos lentos de digitalização. O que a pandemia fez foi acelerar tudo, e no último ano presenciamos o crescimento da comercialização de produtos e serviços online, o
aprimoramento dos recursos de trabalho remoto e a implantação de processos digitais nas empresas, por exemplo, na área de recursos humanos, as entrevistas e o onboard online.
De acordo com o Índice de Transformação Digital da Dell Tecnologies 2020 — pesquisa realizada com mais de quatro mil empresas em todo o mundo para verificar os reflexos da pandemia na transformação digital — 80% das empresas tiveram programas de transformação digital acelerados no último ano, sendo que 40% aceleraram todos ou a maioria deles.
Se antes a tecnologia era um diferencial, ficou evidente para as organizações que daqui para frente ela é mandatória para qualquer negócio que quer se manter no mercado.
4. Comunicação é a chave
Ao mesmo tempo que a tecnologia nas empresas torna-se um requisito, cresce também a relevância e o reconhecimento do capital humano. Especialmente em tempos de crise, são as pessoas que trazem novas soluções, que estimulam e incentivam outras pessoas e que fazem a diferença. No último ano, as empresas perceberam como a empatia, a transparência e a comunicação são importantes para o sucesso dos negócios. Comunicar decisões, soluções, novidades; oferecer conteúdo e informação relevante; apresentar canais e estar disponível; fortalecer laços, tanto com os colaboradores quanto com os clientes, foram maneiras de dar um pouco de segurança a todos.
Esses aprendizados das empresas, durante um ano de pandemia, mostraram o quanto elas tiveram que repensar o trabalho — o que, onde, como e por quem ele era realizado. Tal situação apontou deficiências assim como possibilidades de melhoria. E ficou claro que muitas das soluções encontradas permanecerão daqui para a frente, ou seja, não dá mais para voltar atrás.
A mudança é sempre inevitável, e ela parece ser cada vez mais rápida e impactante. Pensar o futuro, incentivar a inovação e agir é a melhor maneira de se permanecer relevante para o mercado.
Treinamentos para desenvolvimento de habilidades específicas, coaching de líderes, recrutamento de talentos com skills indispensáveis no futuro, reestruturação organizacional, resoluções de problemas de comunicação são apenas alguns dos serviços oferecidos pela MJF Desenvolvimento Humano.
Acreditamos no aprendizado e na transformação das pessoas, no potencial humano capaz de transformar as empresas. Para conhecer mais sobre nosso trabalho, entre em contato!
Marizete Zatt Flor
Consultora de RH, Headhunter e Sócia-Diretora da MJF Desenvolvimento Humano.
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