Diariamente, convivemos com imagens, comentários e inúmeras situações que alimentam aquela velha ideia de que o trabalho é algo árduo e angustiante, e que momentos de felicidade estão reservados somente ao lazer, o que para a maioria das pessoas vêm com a tão aguardada sexta-feira. Mas será que não é possível ser feliz no trabalho?
Estudos realizados nos últimos anos apontam uma triste realidade. Uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA) do Brasil mostrou que a síndrome de burnout afeta 32% dos brasileiros. Com sintomas semelhantes aos da depressão, a síndrome – reconhecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) – está relacionada ao estresse crônico causado pelo excesso de trabalho. Outra pesquisa, feita pela mesma associação em três grandes capitais brasileiras anos atrás, relatou que mais de 70% das pessoas estão insatisfeitas com o trabalho.
O assunto tem gerado o interesse não só de pesquisadores, psicólogos e organizações de saúde, mas também de economistas e gestores, pois já foi comprovado que trabalhadores felizes são mais colaborativos, produtivos e influenciam positivamente o ambiente corporativo. Além disso, insatisfação no trabalho está frequentemente vinculado a problemas de afastamentos, absenteísmo e desligamento, que têm custos para as empresas.
Dentre os motivos mais comuns que contribuem para a insatisfação no trabalho, citados nas pesquisas, estão: sobrecarga, falta de reconhecimento, remuneração incompatível, ausência de desafios (tédio), falta de liberdade, conflito de valores e problemas de relacionamento com gestores e colegas. Chegar a uma solução que agrade a todos pode ser tão difícil quanto descobrir uma fórmula para a felicidade, seja no trabalho ou na vida. Por causa disso, alguns estudiosos acreditam que a felicidade é algo inatingível e colocá-la como uma meta só vai trazer mais frustração.
Martin Seligman, psicólogo norte-americano considerado o pai da Psicologia positiva (atua com base no que traz bem-estar aos pacientes e não em seus problemas) e autor do best-seller Felicidade autêntica, acredita que a felicidade é possível. Segundo ele, “temos um grande número de circustâncias internas sob nosso controle e se decidirmos mudá-las (lembrando que algumas mudanças não vêm sem reais esforços), nosso nível de felicidade provavemente aumentará de forma duradoura”. Além disso, ele diz que pessoas com foco no pensamento positivo têm mais chances de ser feliz, mesmo em meio às dificuldades do dia a dia.
Em seu livro A arte da felicidade no trabalho, o Dalai-Lama confirma que a felicidade está mais relacionada à mente e ao coração e quem se apoia em fatores físicos e externos tem mais chance de se frustrar. Para ele, “a verdadeira felicidade está associada a uma noção de significado e surge a partir do cultivo intencional de certas atitudes e de certos pontos de vista. Pode-se alcançar esse tipo de felicidade por meio de um treinamento sistemático da mente. O treinamento implica em desenraizar estados mentais destrutivos como o ódio, a hostilidade, a inveja ou a ganância, e em cultivar intencionalmente os estados mentais contrários, como a bondade, a tolerância, o contentamento e a compaixão. A verdadeira felicidade pode demorar um pouco mais para ser gerada e exigir algum esforço, mas é essa felicidade duradoura que pode nos sustentar mesmo sob as condições mais árduas da vida cotidiana”.
O Dalai-Lama afirma ainda que “autoconhecimento é um fator crucial quando se fala de satisfação no trabalho”. E pode trazer outros benefícios em sua vida.
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